Sonda espacial Ulysses levou 18 dias para cruzar a cauda magnética do cometa, maior tempo já registrado
Análises magnéticas mostram evidência de uma onda de choque ao redor do cometa, criada quando o gás ionizado emitido pelo núcleo se choca com as partículas do vento solar.
Ulysses encontrou a cauda de gás ionizado do cometa McNaught a uma distância do núcleo superior, em mais de 50%, à que separa a Terra do Sol. Isso é bem mais que a espetacular cauda de poeira que foi visível na Terra em 2007.
Cometa McNaught sobre o Oceano Pacífico, em 2007. Sebastian Deiries/ESO
"Foi bem difícil observar remotamente a cauda de plasma do cometa McNaught, em comparação com a causa brilhante de poeira, então não podemos estimar de fato o tamanho dela", disse Geraint Jones, do University College London.
"O que podemos dizer é que Ulysses levou 2 dias e meio para cruzar o vento solar impactado pelo cometa Hyakutake, em comparação com os 18 dias que precisou para cruzar o vento de McNaught. Isso mostra que o cometa não foi apenas espetacular visto da Terra, mas também representou um obstáculo imenso para o vento solar".
Uma comparação com outros tempos de cruzeiro demonstra a escala do McNaught. A nave Giotto precisou de menos de duas horas, em 1992, para cruzar a onda de choque do cometa Grigg-Skjellerup. O cruzamento da região de choque do cometa Halley também se completou em horas.
"A escala de um cometa ativo depende do nível de liberação de gás, e não do tamanho do núcleo", disse Jones. "Núcleos de cometa não ficam, necessariamente ativos em toda a superfície. O que podemos dizer é que o nível de geração de gás do McNaught foi claramente muito maior que o do Hyakutake."
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