quarta-feira, 28 de julho de 2010

Happy People Dancing on Planet Earth

Happy People Dancing on Planet Earth

Crédito: Matt Harding E Melissa Nixon

O que essas pessoas estão fazendo? Dançando. Muitos seres humanos na Terra em períodos de exposição de felicidade, e um método de mostrar a felicidade é a dança. Felicidade e dança transcendem fronteiras políticas e ocorrem em praticamente todas as sociedades humanas. Acima, Matt Harding viajou por muitas nações da Terra, começaram a dançar , e filmou o resultado. O vídeo talvez seja um exemplo dramático que seres humanos de todo planeta Terra sentem um elo comum como parte de um única espécie. Felicidade freqüentemente é contagiosa - poucas pessoas são capazes de ver o vídeo acima sem sorrir.

Lutetia: O maior asteróide visitado

26 De julho de 2010
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Lutetia: O maior asteróide visitado
Crédito: SEC, NASA, JAXA, RAS, JHUAPL, UMD, OSIRIS.
Montagem: Emily Lakdawalla (sociedade planetária) & Ted Stryk

Explicação: Como seres humanos explorar o universo, o recorde de maior asteróide visitado por uma nave espacial aumentou ainda mais. No início deste mês, robótico nave Rosetta da ESA zipada passado o asteróide 21 Lutetia tendo os dados e imagens de encaixe em um esforço para determinar melhor a história do asteróide e a origem de suas cores incomuns. Apesar da composição desconhecida, Lutetia não é suficientemente maciço de gravidade para puxá-lo em uma esfera. Pictured acima na parte superior direita, a 100-quilômetro em que Lutetia é mostrada em comparação com os outros nove asteróides e quatro cometas que foram visitadas, até agora, por uma espaçonave humanos-lançado. Orbitando no cinturão de asteróide principal, Lutetia mostra-se um remanescente fortemente crateras do sistema solar precoce. A nave espacial Rosetta é agora continuar no cometa Churyumov-Gerasimenko onde um desembarque está previsto para 2014.

Cientistas descobrem novo fenômeno natural: o terremoto espacial

Quarta-feira, 28 jul 2010 - 09h31

Utilizando dados de uma frota de cinco satélites científicos, pesquisadores da Nasa descobriram uma nova manifestação de clima espacial. O fenômeno é produzido pelo vento solar ao atingir a magnetosfera da Terra e por sua semelhança ao que ocorre no solo, foi batizado de "terremoto espacial".

terremoto espacial versus terremoto

De modo bem simplificado, um terremoto espacial (ou spacequake) é um forte tremor no campo magnético da Terra e que apesar de ser observado com mais intensidade na órbita do planeta, não é exclusivo do espaço e seus efeitos podem se propagar por todo o caminho até a superfície.

"As reverberações magnéticas podem ser detectadas em todo o globo, da mesma forma que os sismômetros detectam um grande terremoto", disse Vassilis Angelopoulos, principal investigador dos dados dos satélites THEMIS e ligado à Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

No entender de Evgeny Panov, do Instituto de Pesquisas da Áustria, "essa analogia é excelente, pois a energia total contida em um spacequake pode até superar a energia contida em um terremoto de magnitude 5 ou 6". Os resultados do trabalho de Panov já haviam sido reportados em abril de 2010 na edição do periódico científico Geophysical Research Letters.

Em 2007, a equipe THEMIS descobriu o precursor dos spacequakes. A ação tem início na cauda magnética da Terra, que se estende como uma biruta à mercê dos intensos ventos solares de quase 2 milhões de km/h. Segundo o estudo, em algumas ocasiões essa cauda se estica tanto que em dado momento se rompe como um elástico. O resultado é que o plasma do vento solar armazenado na cauda é "estilingado" em direção à Terra.

Em mais de uma ocasião, os cinco satélites THEMIS estavam exatamente na linha de fogo quando os jatos de plasma foram arremessados e ajudaram os cientistas a compreender melhor o fenômeno.

"Agora entendemos o que aconteceu", disse o diretor do projeto THEMIS, David Sibeck, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "Os jatos de plasma disparam os spacequakes, é isso o que ocorre".


Fluxo repetitivo de repercussão
De acordo com o cientista, os jatos se chocam contra o escudo magnético da Terra a 30 mil quilômetros acima do equador. O impacto desencadeia um processo de repercussão em que o plasma que entra salta para cima e para baixo no reverberante campo magnético. Esse processo foi chamado de "fluxo repetitivo de repercussão" e pode ser comparado a uma bola de tênis saltando para cima e para baixo sobre um piso acarpetado. "O primeiro salto é grande, seguido por uma série de saltos menores que diminuem à medida a energia é dissipada no tapete", explicou Sibeck.

"Há muito tempo já suspeitávamos de algo parecido, mas somente com os novos dados é que o processo se tornou realmente fantástico", disse o cientista. "A maior surpresa foi a descoberta de vórtices de plasma, gigantescos redemoinhos de gás magnetizado, tão grandes quanto à Terra - girando à beira do campo magnético trêmulo do planeta".

"Quando os jatos de plasma atinge a magnetosfera interior, vórtices em sentido oposto aparecem e desaparecem nas laterais dos jatos", explica Rumi Nakamura, coautor do estudo junto ao Instituto de Pesquisas da Áustria. "Acreditamos que esses vórtices podem gerar intensas correntes elétricas nas proximidades Terra".

Agindo em conjunto, vórtices e spacequakes podem ter efeitos perceptíveis na Terra. De acordo com o estudo, a cauda dos redemoinhos pode conduzir partículas carregadas em direção à atmosfera da Terra, provocando auroras e ondas de ionização que perturbam as comunicações de rádio e GPS. Ao atingir a superfície do campo magnético, podem induzir correntes elétricas no solo, com profundas consequências na rede de distribuição de energia elétrica.

Antes da descoberta dos jatos e spacequakes, um grupo de cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, liderado pelo pesquisador Joachim Birn, haviam conduzido simulações relacionadas ao processo de rebote na magnetosfera e os resultados já haviam demonstrado a possibilidade da existência do fenômeno, agora comprovado. Além disso, as simulações sugeriam que o processo de rebote poderia ser visto a partir da superfície da Terra na forma de auroras e redemoinhos luminosos na alta atmosfera.

"O trabalho não está terminado e ainda temos muito a aprender, disse Sibeck. "Ainda não sabemos como os vórtices giram em torno da Terra e como eles interagem. Até que tamanho pode ter um vórtice? Qual a intensidade máxima de um spacequake?. Esse é um processo bastante complicado, mas agora tudo começa a se encaixar", completou.

Artes: No topo, gráfico compara dois eventos de grande magnitude: Terremotos terrestres e terremotos espaciais. Segundo as novas descobertas, os spacequakes podem liberar tanta energia quanto um terremoto de forte intensidade. No lado esquerdo vemos os registros de um spacequake ocorrido em 14 de julho de 2000. Conhecido como "Evento Dia da Bastilha", o terremoto espacial foi provocado por uma das mais violentas explosões solares já registradas, com índice KP=9, de extrema intensidade. Acima, vídeo mostra o "fluxo repetitivo de repercussão" (rebote) e como o vento solar dispara os spacequakes. Crédito: Nasa/Walt Feimer/Goddard's Scientific Visualization Lab./Apolo11.

Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100728-093317.inc

sábado, 24 de julho de 2010

OVNI Equador

Ovni_Ecuador_2010
 
 
Foto de um OVNI tubular captada na cidade de Santo Domingo, Equador, em 17/07/2010, por Nelson Condo.   

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Descoberta a estrela de maior massa do Universo

Com informações do ESO - 21/07/2010

Maior estrela do Universo


 
Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", a R136a1 tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]
 
Maiores estrelas do Universo

Combinando medições feitas por instrumentos do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), astrônomos descobriram as estrelas de maior massa conhecidas até hoje, inclusive aquela que agora merece o título de "maior estrela do Universo" quando o critério é a massa, e não o diâmetro.

Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", ela tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela, que se calculava ser de 150 massas solares.

A existência dessas estrelas monstruosas - milhões de vezes mais luminosas do que o Sol, e que perdem massa através de poderosos ventos estelares - reabre a questão, mas também poderá ajudar a responder a pergunta "Qual é o tamanho máximo que uma estrela pode ter?" Por enquanto, elas podem ser tão grandes quanto a mais pesada que pudemos encontrar.

A R136a1 não é apenas a estrela de maior massa já encontrada, mas é também a que apresenta a maior luminosidade, sendo cerca de 10 milhões de vezes mais brilhante do que o Sol.

"Devido à raridade de tais objetos, penso que será bastante improvável que este novo recorde seja batido rapidamente," diz Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que chefiou a equipe que fez a descoberta.

Fábricas cósmicas

Os astrônomos utilizaram imagens do VLT e do Telescópio Espacial Hubble para estudar detalhadamente dois enxames estelares jovens, NGC 3603 e RMC 136a.

O NGC 3603 é uma fábrica cósmica, onde novas estrelas formam-se em um ritmo frenético a partir das extensas nuvens de gás e poeira da nebulosa, situada a cerca de 22.000 anos-luz de distância.

O RMC 136a (mais conhecido por R136) é outro enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.

Durante a pesquisa, a equipe encontrou várias estrelas com temperaturas superficiais de mais de 40.000 graus Celsius, ou seja, mais de sete vezes mais quentes do que o nosso Sol, algumas dezenas de vezes maiores e vários milhões de vezes mais brilhantes.

Maior estrela do Universo

Comparações com modelos estelares levaram à conclusão de que várias destas estrelas nasceram com massas superiores a 150 massas solares.

A estrela R136a1, encontrada no enxame R136, é a estrela de maior massa conhecida até agora, com uma massa atual de cerca de 265 massas solares e com uma massa de 320 vezes a massa do Sol na época do seu nascimento.

No NGC 3603, os astrônomos puderam também medir diretamente a massa de duas estrelas que pertencem a um sistema de estrela dupla, de modo a validar os modelos utilizados. As estrelas A1, B e C neste enxame têm massas estimadas, no momento do seu nascimento, acima ou próximas de 150 massas solares.

A estrela A1 do NGC 3603 é uma estrela dupla, com um período orbital de 3,77 dias. As duas estrelas do sistema têm, respectivamente, 120 e 92 vezes a massa do Sol, o que significa que se formaram com as massas respectivas de 148 e 106 massas solares.

Maior estrela do Universo
O RMC 136a, o lar da maior estrela do Universo, é um enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância. [Imagem: ESO/P. Crowther/C.J. Evans]

Estrelas superpesadas

Se a R136a1 substituísse o Sol no nosso Sistema Solar - mantidas as distâncias relativas - ela seria mais brilhante do que o Sol na mesma proporção que o Sol é mais brilhante que a Lua Cheia.

"A sua elevada massa reduziria o tamanho do ano na Terra de cerca de três semanas, e a Terra seria banhada por uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, o que tornaria impossível a existência de vida no nosso planeta," diz Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, também pertencente à equipe.

Estas estrelas superpesadas são extremamente raras, formando-se apenas no interior dos enxames estelares mais densos. Distinguir estrelas individuais - o que foi agora conseguido pela primeira vez - requer uma resolução extraordinária, só alcançada pelos modernos instrumentos infravermelhos do VLT.

A equipe também estimou a massa máxima possível das estrelas pertencentes a estes enxames e o número relativo de estrelas de maior massa.

"As estrelas menores têm um limite inferior para a massa de aproximadamente oitenta vezes a massa de Júpiter, limite abaixo do qual se tornam 'estrelas falidas' ou anãs-castanhas," diz Olivier Schnurr, do Astrophysikalisches Institut Potsdam. "Os nossos novos resultados apoiam a ideia anterior de que também existe um limite superior para a massa das estrelas, embora os resultados subam este limite por um fator de dois, para cerca de 300 massas solares."

Ventos das estrelas

Estrelas de grande massa produzem ventos muito poderosos, por meio dos quais elas vão aos poucos perdendo massa.

"Contrariamente aos humanos, estas estrelas nascem muito pesadas e vão perdendo peso à medida que envelhecem," diz Paul Crowther. "Com um pouco mais de um milhão de anos, a maior delas, a R136a1, encontra-se já na 'meia-idade' e passou por um intenso regime de perda de peso, tendo já perdido um quinto da sua massa inicial nesse período, o que corresponde a mais de cinquenta massas solares."

No interior do R136, apenas quatro estrelas pesavam mais do que 150 massas solares no momento do seu nascimento. No entanto, sozinhas, elas são responsáveis por praticamente metade do vento estelar e da radiação liberada por todo o enxame.

A R136a1 libera energia para o meio ao seu redor cinquenta vezes maior do que o enxame da Nebulosa de Órion, a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra.

Supernovas instáveis

Compreender a formação de estrelas de grande massa é, por si só, algo muito complexo, devido às suas vidas muito curtas e seus ventos poderosos.

Se não fosse o suficiente, a identificação de casos tão extremos como a R136a1 complica ainda mais o já elevado desafio posto às teorias. "Ou estas estrelas se formaram já muito grandes ou então estrelas menores fundiram-se para as produzirem," explica Crowther.

Estrelas com massas entre 8 e 150 massas solares explodem no final das suas curtas vidas sob a forma de supernovas, das quais restam objetos exóticos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Tendo agora estabelecido a existência de estrelas com massas compreendidas entre 150 e 300 massas solares, os astrônomos levantam a hipótese da existência de objetos excepcionalmente brilhantes, "supernovas instáveis", que explodiriam completamente, sem deixar restos de espécie alguma, e que liberariam até cerca de dez massas solares de ferro para o meio interestelar.

Astrônomos encontram 'maior estrela do Universo

Estrela tem massa 265 vezes maior do que a do Sol e é 10 milhões de vezes mais brilhante que ele

21 de julho de 2010 | 9h 27
 

Astrônomos britânicos descobriram o que se acredita ser a maior estrela do Universo, cuja massa atual é 265 vezes maior do que o Sol e a luminosidade cerca de 10 milhões de vezes mais intensa.

Usando o Telescópio Extremamente Grande, no Chile, da Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) - que reúne 14 países - e informações de arquivo capturadas pelo telescópio espacial Hubble, da agência americana (Nasa), a equipe liderada pelo astrofísico Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, calculou que a massa da estrela gigante teria sido 320 vezes maior que a do Sol no momento de sua formação, ou seja, pelo menos o dobro da massa da maior estrela já encontrada.

A estrela, batizada de RMC 136a1, faz parte do agrupamento de estrelas jovens RMC 136a. Os astrônomos também encontraram outras estrelas imensas no agrupamento NGC 3603.

Ambos agrupamentos estelares foram apelidados de "fábricas de estrelas", já que novos astros se formam constantemente a partir da extensa nuvem de gás e poeira das nebulosas.

O NGC 3603 fica a 22 mil anos-luz do Sol, na Nebulosa da Tarântula, e o RMC 136a fica em uma galáxia vizinha à nossa, a 165 mil anos-luz de distância, a Grande Nuvem de Magalhães.

Segundo o artigo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a expectativa é de que estrelas colossais como as encontradas existam apenas durante alguns milhões anos, antes de explodirem.

A existência de estrelas como essas, afirmam astrônomos, era mais comum no início do universo.

Planetas

Ainda segundo os cientistas, é pouco provável que alguma dessas estrelas venha a ter planetas orbitando a seu redor, já que demoram mais tempo para serem formados que a "curta" vida das estrelas.

Muitas das estrelas observadas têm temperatura superior a 40 mil graus centígrados - mais de sete vezes superior à temperatura do Sol - além de serem dezenas de vezes maiores e milhões de vezes mais brilhantes que o astro.

"Ao contrário dos humanos, essas estrelas nascem pesadas e vão perdendo peso ao envelhecer", disse Crowther.

"Com um pouco mais de um milhão de anos, a estrela mais extrema, a RMC 136a1 já está na 'meia idade' e passou por um programa intenso de 'emagrecimento', perdendo mais de um quinto de sua massa inicial neste período, ou mais de 50 massas solares."

Se a RMC 136a1 substituísse o Sol em nosso Sistema Solar, "a sua grande massa reduziria a duração de um ano na Terra para apenas três semanas e banharia o planeta em uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, tornando a vida impossível em sua superfíce", afirma Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, integrante da equipe.

Estrelas como essas são extremamente raras e se formam apenas nos agrupamentos estelares mais densos.

Se houvesse algum planeta dentro do agrupamento RMC 136, o céu nunca escureceria, já que a densidade de estrelas na região é 100 mil vezes maior do que em torno do Sol e muitas delas são extremamente brilhantes.

A descoberta ainda confirmou a hipótese anterior dos astrônomos, de que há um tamanho máximo para estrelas, e a RMC 136a1 levou os cientistas a estenderem este limite.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cientistas veem mudança no nível dos lagos de lua de Saturno

Como na Terra, ciclo das estações provoca secas e cheias em lua gigante

19 de julho de 2010 | 16h 49
estadao.com.br

Titã aparece como o grande globo atrás dos anéis de Saturno; pequena lua é Epimeteu. Nasa

Os nível dos lagos da Terra muda de acordo com as estações e os períodos de chuva e seca. Agora, pela primeira vez,  cientistas encontraram provas de que mudanças semelhantes ocorrem na maior das luas de Saturno, Titã, o único outro astro do Sistema Solar onde já se descobriu um ciclo semelhante ao da água e com massas de líquido estáveis na superfície.

Usando dados reunidos pela sonda Cassini ao longo de quatro anos, pesquisadores obtiveram indícios que mostram uma queda aproximada de um metro ao ano no nível dos lagos do hemisfério sul de Titã. A queda é resultado da evaporação sazonal do metano líquido dos lagos, que são compostos de uma mistura de metano, etano e propano.

"É muito emocionante porque, nesse objeto tão distante, conseguimos ver essa queda na escala de metros da profundidade do lago", disse um dos autores da descoberta, Alexander G. Hayes, do Caltech.

Um dos lagos, chamado Ontário - por ser do mesmo tamanho aproximado do Lago Ontário, na América do Norte - teve um recuo de sua margem de cerca de 10 km entre junho de 2005 e julho de 2009, um período correspondente à transição entre verão e outono no hemisfério sul de Titã.

Um ano na lua corresponde a 29,5 anos terrestres.

O Lago Ontário de Titã e outros lagos do hemisfério sul foram analisados por meio de informações obtidas pelo Radar de Abertura Sintética (SAR) da Cassini.

Nos dados de radar, características planas da superfície, como o espelho líquido dos lagos, aparecem escuras, enquanto que áreas mais rústicas, como montanhas, aparecem brilhantes. Além disso, uma altimetria por radar - que mede o tempo que um sinal de micro-ondas leva para voltar ao espaço depois de atingir uma superfície - foi realizada no lago em dezembro de 2008.

Uma vez que sejam conhecidas as propriedades do líquido que preenche os lagos, os pesquisadores puderam usar o radar para determinar a profundidade das massas de água, calculando a profundidade necessária para que o sinal seja totalmente absorvido pelo líquido.

Os pesquisadores compararam imagens do lago obtidas num intervalo de quatro anos, e descobriram que o Ontário encolheu. "A extensão em que a margem recuou está ligada à inclinação. Isto é, onde o lago é raso, o líquido recuou mais", disse Hayes. "Isso nos permitiu deduzir a altura vertical da queda do nível, que ficou em cerca de um metro ao ano".

Nasa detecta 25 mil novos asteroides em apenas seis meses

Se você é do tipo de pessoa que treme só de ouvir falar em asteroides próximos da Terra, essa notícia não é nada animadora. Um novo relatório divulgado esta semana pela agência espacial americana, NASA, confirmou a descoberta de 25 mil novos asteroides, sendo que 95% deles estão orbitando próximo à Terra.

Aglomerado das Plêiades visto pelo telescópio Wise
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Mas muita calma nessa hora. As notícias não são tão ruins assim. Apesar de parecer alarmante, o termo "próximos à Terra" significa que os objetos estão dentro de um raio de 45 milhões de quilômetros e de acordo com a Nasa, suas órbitas não oferecem qualquer risco de colisão com nosso planeta.

A descoberta desse grande número de asteroides foi possível graças a um novo mapeamento do céu, realizado no espectro infravermelho com o moderno telescópio grande angular WISE (Wide-field Infrared Survey), que completou sua primeira pesquisa celeste no último dia 17 de julho de 2010. A missão espacial gerou mais de 1 milhão de imagens do Universo, desde asteroides e cometas, até galáxias distantes.

Ao contrário da luz visível, o comprimento de onda infravermelho permite penetrar a poeira das galáxias e captar o brilho dos objetos distantes, impossíveis de serem vistos através de telescópios comuns.

"A maioria dos telescópios óticos capta apenas a luz dos objetos mais quente e brilhantes", disse Richard Binzel, ligado ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts, "mas o WISE é especialmente sensível aos objetos escuros e frios, que você poderia chamar de quase invisíveis".

Observando as diferenças de temperatura, o telescópio espacial Wise conseguiu detectar a presença de mais de 100 mil asteroides, a maior parte deles orbitando dentro do cinturão de rochas localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter. Como alguns dos objetos do cinturão têm órbitas que cruzam o caminho da Terra, o estudo dessa região do Sistema Solar é particularmente importante e alvo de constantes aperfeiçoamentos.


Censo Cósmico
Além da descoberta dos objetos próximos, o telescópio também detectou aquilo que pode ser traços de uma galáxia ultraluminosa localizada há mais de 10 bilhões de anos-luz de distância, formada a partir da colisão de outras galáxias.

Com as imagens captadas pelo telescópio, os cientistas esperam criar até o final do ano um novo censo cósmico de milhões de objetos. Até agora já foram catalogados 15 novos cometas e centenas de prováveis anãs marrons, objetos estelares que maiores que os planeta, mas muito menores do que uma estrela.


WISE
Construído pelo Laboratório de Dinâmica Espacial da Universidade de Utah e operado pelo JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, o WISE é um telescópio espacial de 400 milímetros de abertura que opera no comprimento de onda infravermelho. O equipamento orbita a Terra a 500 km de altitude e fotografa o céu a cada 11 segundos.

Desde que começou a operar, o WISE já registrou diversos asteroides próximos à Terra com tamanho superior aqueles descobertos com telescópios convencionais. Todos as detecções são informadas ao Centro de Planetas Menores da União Internacional de Astronomia, UAI, que rastreia todos os pequenos objetos do Sistema Solar.


O mais Perigoso
Atualmente, o asteroide que tem maiores chances de impactar diretamente com a Terra é o objeto batizado como 1950 DA.

Segundo dados do JPL, as chances de colisão são da ordem de 1 em 300 e deverá acontecer no ano de 2880. Esse objeto é um esferóide assimétrico e tem aproximadamente 1.1 km de diâmetro. Gira ao redor do próprio eixo em 2.1 horas, o mais rápido movimento rotacional observado em um asteroide desse tamanho.


Asteroide Apophis
Devido ao seu grande tamanho e por sua órbita cruzar o caminho da Terra, Apophis é um dos mais vigiados asteroides do espaço. Apophis deve atingir a máxima aproximação no ano de 2036 e de acordo com um estudo elaborado em 2009, as chances de impacto são de 1 em 250 mil.

Antes de 2036, Apophis deverá se aproximar bastante da Terra em abril de 2029. Cálculos anteriores mostravam que o asteroide tinha cerca de 3% de chances de atingir a Terra nesta data, mas à medida que os modelos orbitais foram refinados essa possibilidade foi praticamente descartada, mesmo assim o asteroide deverá passar a apenas 29 mil quilômetros de distância da Terra, uma separação inferior à dos satélites geoestacionários.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sunset Andes Eclipse

2010 15 de julho
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Sunset Andes Eclipse
Credit & Direitos autorais: Janne Pyykkö

Explicação: Em 11 de julho, Após uma longa trek Leste em todo o sul do Oceano Pacífico , a sombra da Lua chegou desembarque na América do Sul . Em um total eclipse solar próximo ao pôr do sol, silhueta Lua e do Sol abraçou o horizonte ocidental , visto aqui acima do Cordilheira dos Andes perto do continente extremo sul. Para desfrutar de um bom ponto de vantagem, O fotógrafo caminhou para um local ventoso , cerca de 400 metros acima do lago, Lago Argentino , subindo para a imagem após configurar sua câmera em um tripé. À esquerda , o céu fora da cone de sombra ainda é brilhante. Abaixo, as luzes de El Calafate, Patagônia , Argentina, brilhar pela margem do lago.

Astrônomos desvendam mistério da formação de estrelas gigantes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/07/2010

Astrônomos desvendam mistério da formação de estrelas gigantes

Astrônomos obtiveram a primeira imagem de um disco de poeira estelar em volta de uma estrela gigante que acaba de nascer, oferecendo o primeiro indício direto de que as estrelas maciças nascem da mesma forma que as estrelas menores.[Imagem: ESO/L. Calçada/M. Kornmesser]

Ovos estelares

Astrônomos obtiveram a primeira imagem de um disco de poeira que rodeia uma estrela bebê de grande massa, obtendo indícios diretos de que as estrelas de grande massa se formam da mesma maneira que as suas irmãs menores.

Esta descoberta, feita graças à combinação de observações obtidas por vários telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO), aparece descrita num artigo que sai esta semana na revista Nature.

"As nossas observações mostram um disco em torno de uma estrela jovem de grande massa, que acabou de se formar," diz Stefan Kraus, que liderou este estudo. "Podemos dizer que este bebê está prestes a sair do ovo!"

A equipe de astrônomos observou o objeto conhecido como IRAS 13481-6124. Com cerca de vinte vezes a massa do nosso Sol e cinco vezes o seu raio, a jovem estrela, que se encontra ainda rodeada pelo seu casulo pré-natal, situa-se na constelação do Centauro, a cerca de 10.000 anos-luz de distância.

Nascimentos de estrelas gigantes

A partir de imagens de arquivo obtidas com o Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, assim como a partir de observações obtidas com o telescópio submilimétrico de 12 metros APEX, os astrônomos descobriram a presença de um jato. "Esses jatos são comumente encontrados em torno de estrelas jovens de pequena massa e geralmente indicam a presença de um disco," diz Kraus.

Os discos circunstelares são o ingrediente essencial no processo de formação das estrelas de pequena massa, como o nosso Sol. No entanto, não se sabe se tais discos estão igualmente presentes durante a formação de estrelas de massa maior que dez vezes a massa solar, onde a forte radiação emitida poderia impedir que a massa fosse atraída pela estrela.

Por exemplo, já foi proposto que as estrelas de grande massa seriam o resultado da fusão de estrelas menores.

Telescópio imaginário

Para descobrir e compreender as propriedades deste disco, os astrônomos utilizaram o interferômetro do Very Large Telescope, do ESO (VLTI). Ao combinar a radiação captada por três dos telescópios auxiliares de 1,8 metros do VLTI, com o instrumento AMBER, os cientistas puderam obter detalhes equivalentes aos que seriam observados com um telescópio imaginário que possuísse um espelho de 85 metros de diâmetro.

A resolução obtida é cerca de 2,4 milésimos de arcos segundo, o que corresponde a fotografar a cabeça de um parafuso na Estação Espacial Internacional, ou seja, mais de dez vezes a resolução obtida com os atuais telescópios espaciais óticos, como o Hubble.

Dispondo destas capacidades únicas, complementadas com observações feitas com outro telescópio do ESO, o New Technology Telescope de 3,58 metros, situado em La Silla, no Chile, Kraus e seus colegas conseguiram detectar um disco em torno da IRAS 13481-6124.

Disco estelar

"Esta é a primeira vez que conseguimos imagens das regiões interiores do disco em torno de uma estrela jovem de grande massa", diz Kraus. "As nossas observações mostram que a formação funciona do mesmo modo para todas as estrelas, independentemente da massa."

Os astrônomos concluíram que o sistema tem cerca de 60.000 anos de idade, e que a estrela já atingiu a sua massa final. Devido à imensa radiação da estrela - que é 30.000 mais brilhante que o nosso Sol - o disco começará rapidamente a evaporar-se.

O disco estende-se até cerca de 130 vezes a distância Sol-Terra - ou 130 unidades astronômicas (UA) - e tem uma massa idêntica à da estrela, isto é, cerca de vinte vezes a massa do Sol. Adicionalmente, observou-se que a parte interior do disco parece não ter poeira.

"Observações futuras feitas com o telescópio móvel ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), atualmente em construção no Chile, poderão fornecer muito mais informações sobre as zonas interiores do disco, permitindo-nos assim compreender melhor como é que as estrelas bebês de grande massa engordam," conclui Klaus.

Bibliografia:

A hot compact dust disk around a massive young stellar object
Stefan Kraus, Karl-Heinz Hofmann, Karl M. Menten, Dieter Schertl, Gerd Weigelt, Friedrich Wyrowski, Anthony Meilland, Karine Perraut, Romain Petrov, Sylvie Robbe-Dubois, Peter Schilke, Leonardo Testi
Nature
15 July 2010
Vol.: 466, 339-342
DOI: 10.1038/nature09174

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estruturas artificiais em Marte...

 

Estruturas artificiais em Marte
(Artigo escrito por Leandro para o site Mistérios Antigos - Os antigos habitantes da Terra)
http://misteriosantigos.50webs.com
e-mail: misteriosantigos@uol.com.br

Aqui você pode ver uma paisagem intrigante da região Cydonia Mensae, em Marte. Trata-se de uma estrutura geométrica perfeita, em alto relevo e de enormes proporções. Este pentágono apresenta crateras circulares, que os astrônomos equivocadamente consideram como 'impactos de meteoros', em exatamente três de seus vértices, formando um triângulo. No interior nota-se um monte piramidal.
Logo abaixo encontramos uma cratera esférica perfeita, talvez formada por um asteróide perfeitamente redondo, que talvez atingiu o solo numa linha perpendicular perfeita, e em seguida desapareceu sem deixar resquícios.

Pentágono com uma pirâmide dentro, em Marte.

Repare a simetria desta cratera, os lados opostos de sua margem apresentam contornos de impressionante semelhança, como os de uma maçã. Perceba o nivelamento interno da cratera.

Cratera nivelada e simétrica, em Marte.

Esta cratera mostra sinais de movimentação de material, observe a linha externa conduzindo à fossa.

Cratera com uma trilha, em Marte.

Perfeição simétrica inexplicável. Note os detalhes da relação oeste-leste, norte-sul.

(clique para ampliar)
Cratera com duas fendas na borda, em Marte.

(A imagem inteira dessa região fotografada em Marte pela sonda Odyssey não se encontra mais disponível em tamanho grande. O pentágono está na parte superior esquerda da foto: http://outdoors.webshots.com/photo/2530831010045733434DfQmPU
Esta foto contém todas a estruturas que apresentei aqui, porém com uma resolução menor: http://www.keithlaney.net/images/H2872colorCydonia-web.jpg)

A situação começa a ficar engraçada quando comparamos algumas crateras, com objetos não identificados fotografados e filmados pela própria NASA. Abaixo, duas crateras encontradas na superfície de Marte, e à direita, um objeto fotografado em 1996 no episódio que ficou conhecido como 'NASA tether incident', o incidente da alça da NASA.

Comparação entre as crateras e OVNI filmado na missão STS-75.

(Veja aqui a imagem inteira: http://xpda.com/mars/PIA00178.jpg
e aqui: http://photojournal.jpl.nasa.gov/jpeg/PIA00178.jpg)

O lançador espacial Columbia havia lançado um pequeno satélite com uma alça de 19 quilômetros de comprimento que se rompeu poucos instantes depois de alcançar o espaço. Subitamente, inúmeros objetos luminosos começam a circundar a alça. Veja aqui a filmagem do evento:
e aqui:
O vídeo explica o mecanismo de operação da alça, uma nova tecnologia de propulsão mais econômica que opera através de uma descarga elétrica. Inesperadamente durante o processo, houve uma sobrecarga de voltagem duas à dez vezes além do nível ideal, e a alça se rompeu. Ambos satélite e alça começaram a ser inspecionados por objetos que parecem surgir do invisível.

26 de Novembro de 2007

 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Exilados de Capela



Há uma pequena eternidade de tempos atrás, numa constelação distante, alguns milhões de seres iniciaram uma longa jornada em direção ao nosso sistema solar. Obrigados a deixarem sua estrela de origem, cujo sistema evoluíra para um patamar além de seus méritos pessoais, foram em seu temível desterro, recebidos por Jesus e, por seu intermédio, vieram povoar um pequeno planeta, na periferia da Via Láctea. Um recém-adaptado mundo, destinado a acolher todos as almas refugiadas, em processo de Redenção . Aqui chegando, proporcionaram o salto definitivo na evolução das espécies primitivas, que antes já habitavam a Terra. E que haviam chegado ao grau mínimo de humanidade, requerido para que pudessem comportar uma Nova Civilização. Para a Terra, foi um período de intensa expansão. Com a chegada destas novas consciências, carregadas de lembranças difusas e saudosas de uma vida superior, ao mesmo tempo acrisoladas num invólucro físico animalizado e denso. De seu trabalho em busca do regresso, trouxeram conhecimentos, idéias, conceitos e costumes. Desta integração e impulso evolutivo culminou o processo de fixação genética, que possibilitou o aparecimento do Homem moderno.

Sonda japonesa encontra evidência para oceano de magma lunar

Astrônomos japoneses descobriram traços de um mineral que acrescenta uma peça fundamental ao quebra-cabeças do passado geológico da Lua.

Usando a sonda Kaguya, em órbita ao redor da Lua desde 2007, a equipe encontrou assinaturas abundantes do mineral olivina em anéis concêntricos em três grandes regiões de crateras.

O mineral é um indicador da presença de manto, a camada interna profunda que fica abaixo da crosta lunar com rochas ricas em ferro e magnésio.

Jaxa
Sonda japonesa Kaguya em órbita ao redor da Lua
Sonda japonesa Kaguya em órbita ao redor da Lua

Uma das principais teorias sobre a origem lunar sugere que o astro foi criado há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando foi separado da Terra após a colisão monumental de um objeto espacial.

Com o aglutinamento do material lunar, formando uma esfera, sua superfície resfriou-se gradualmente. Isso criou uma crosta composta principalmente de feldspato (mineral claro, rico em alumínio), que passou a flutuar sobre líquido denso fundido.

Os dados da Kaguya apoiam essa hipótese do oceano de magma lunar.

Eles sugerem que após a formação da crosta, houve uma grande reviravolta no líquido escaldante nas camadas mais profundas: o manto rico em olivina emergiu das regiões profundas para a base da crosta.

Vênus pode ter sido um planeta habitável?

ESA - 02/07/2010

Vênus pode ter sido um planeta habitável?
Apesar de provavelmente nunca ter tido oceanos, pontos localizados de água podem ter criado condições para a existência de vida no passado de Vênus.[Imagem: ESA/MPS/DLR/IDA]

A sonda espacial Vênus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), está dando aos astrônomos informações que parecem sustentar a possibilidade de Vênus ter tido condições de vida no passado.

Caso essa possibilidade se confirme, a história do planeta pode ter começado como um planeta habitável muito semelhante à Terra atual.

Semelhanças entre Terra e Vênus

Hoje, a Terra e Vênus são completamente diferentes. A Terra é um mundo luxuriante, repleto de vida, enquanto Vênus é literalmente infernal, com a sua superfície fervendo a temperaturas superiores às de um forno de cozinha.

Apesar das diferenças, os dois planetas partilham inúmeras semelhanças - por exemplo, eles têm praticamente o mesmo tamanho. Agora, graças à Vênus Express, os cientistas planetários estão verificando que há outras semelhanças.

"A composição elementar de Vênus e da Terra é muito semelhante", diz Hakan Svedhem, cientista da Vênus Express, referindo-se à quantidade de cada elemento químico presente nos dois planetas.

Águas de Vênus

Mas há também diferenças radicais, uma das quais salta à vista: Vênus tem muito pouca água.

Se a água dos oceanos terrestres fosse espalhada uniformemente pela superfície da Terra seria formada uma camada com 3 km de profundidade. Se todo o vapor de água presente na atmosfera de Vênus pudesse ser condensada, formar-se-ia um lago raso pelo planeta, com meros 3 cm de profundidade.

Mas pode ter havido semelhanças também na água - pelo menos no passado. Há bilhões de anos, Vênus tinha provavelmente muito mais água: a Vênus Express confirmou que o planeta perde uma grande quantidade de água para o espaço.

Isto acontece porque a radiação ultravioleta do Sol atravessa a atmosfera de Vênus, quebrando as moléculas em dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. E estes átomos acabam escapando para o espaço.

Esse processo de "vazamento da atmosfera" também acontece na Terra - veja Milhares de toneladas da atmosfera são perdidas no espaço anualmente.

A Vênus Express mediu a taxa com que estes gases escapam de Vênus e confirmou que a taxa de escape do hidrogênio é duas vezes superior à do oxigênio. Foi esta relação de dois para um, a mesma proporção entre átomos de hidrogênio e oxigênio na molécula de água, que fez os cientistas concluírem que a água é a fonte desses íons que vazam do planeta para o espaço.

Oceanos de Vênus

Vênus pode ter sido um planeta habitável?
A radiação ultravioleta do Sol atravessa a atmosfera de Vênus, quebrando as moléculas em dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. E estes átomos acabam escapando para o espaço. [Imagem: J. Whatmore]

Adicionalmente, eles verificaram que uma forma de hidrogênio pesado, chamado deutério, está tendo sua concentração progressivamente nas camadas mais elevadas da atmosfera de Vênus, já que, para o hidrogênio pesado, não é tão fácil escapar.

"Tudo indica que tenha havido grandes quantidades de água em Vênus, no passado," diz Colin Wilson, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Mas isto não significa, necessariamente, que tenha havido oceanos na superfície do planeta.

Eric Chassefière, da Universidade Paris-Sud, na França, desenvolveu um modelo computacional que sugere que a água tenha sido abundante sobretudo na atmosfera, e apenas em tempos muito primitivos, quando a superfície do planeta estava totalmente fundida.

À medida que as moléculas de água se separavam em átomos, pela ação da luz do Sol, e escapavam para o espaço, a consequente queda na temperatura desencadeou provavelmente a solidificação da superfície. Em outras palavras: Vênus provavelmente nunca teve oceanos.

Vida em Vênus

Apesar de ser difícil testar esta hipótese, esta é uma questão essencial. Se Vênus algum dia teve tido água na superfície, seria possível que o planeta tivesse passado por uma fase inicial de habitabilidade para formas de vida semelhantes às da Terra atual.

Mesmo estando correto, o modelo de Chassefière não exclui a hipótese de que cometas que colidem com o planeta tenham trazido água adicional depois da superfície de Vênus ter cristalizado, criando zonas com água em que vida tivesse tido condições para se formar.

Há muitas questões em aberto. "São precisos modelos mais extensos do sistema magma oceano e atmosfera e da sua evolução para que se perceba a evolução do jovem planeta Vênus," diz Chassefière.



Lua: robô perdido há 40 anos reflete laser e volta ao trabalho!

Utilizando informações fornecidas pela Sonda de Reconhecimento Lunar, LRO, pesquisadores da Universidade da Califórnia conseguiram com sucesso atingir o retrorefletor de raios laser do robô-explorador russo Lunokhod 1. A nave estava perdida na Lua há mais de 40 anos, mas a intensidade do pulso de retorno surpreendeu todos os pesquisadores

Jipe Robô Lunokhod 1

"Em nossa primeira tentativa conseguimos mais de 2 mil fótons refletidos", disse Tom Murphy, que lidera uma equipe de pesquisadores que trabalham para colocar o robô de volta à ativa. "Iluminamos a posição do Lunokhod 1 e ficamos simplesmente maravilhados com a potência do sinal refletido. É como se o robô conversasse conosco, alto e claro!".

Durante as missões lunares realizadas nas décadas de 1960 e 1970, diversos retro refletores lasers foram instalados na superfície da Lua, tanto pelos astronautas do Projeto Apollo como pelas sondas automáticas da antiga União Soviética. Apesar de simples, até hoje os refletores são utilizados pelos pesquisadores, mas a perda da eficiência ao longo do tempo limitou os experimentos a apenas dois dos equipamentos. Com a localização do Lunokhod 1 os cientistas tem agora três dispositivos à disposição.

O experimento consiste em enviar fortes pulsos de raios laser até a superfície da Lua, iluminando o local onde está instalado o refletor. Os pulsos são então refletidos por pequenos cubos espelhados, cuja geometria força o feixe de luz a retornar ao exato ponto de onde foi emitido. A diferença entre o tempo entre a emissão do pulso e sua captação permite aos cientistas conhecerem com bastante precisão a distância entre a Terra e a Lua e foi assim que confirmaram nosso satélite se afasta cerca de 3.5 cm por ano.

Laser Lunar Ranging

Eric Silverberg, responsável pelas medições no Observatório McDonald entre 1969 e 1982 lembra que durante esse tempo foram feitas reflexões nos três instrumentos do Projeto Apollo e no retrorefletor do Lunokhod 2. "Do Lunokhod 1 conseguimos apenas 1 detecção, em 31 de dezembro de 1970. Quando li que Tom Murphy conseguiu reflexão do Lunokhod 1 fiquei muito surpreso", disse o pesquisador.

A reação inicial de Murphy também foi de espanto. "O sinal era tão forte que pensei que nosso detector estivesse com defeito. Esperava uma forte degradação dos espelhos, por isso não acreditei que o reflexo era do Lunokhod 1, mas era. O reflexo era tão intenso que pela primeira vez conseguimos realizar experimentos em plena luz do dia", disse o cientista.

Prismas retrorefletores Lunares

Além das medições de distância entre os dois objetos, os pesquisadores usam as medições lunares para testar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Segundo a teoria, objetos de grande massa como a Terra ou a Lua produzem uma deformação em forma de curva no espaço-tempo ao seu redor e é essa curva que rege o movimento desses corpos. A curvatura do espaço-tempo também empurra a Terra e a Lua em direção ao Sol.

Ao medir a queda da Lua através da curvatura do espaço-tempo, cientistas do Apache Point Observatory tentam encontrar alguma falha na Teoria da Relatividade, mas até agora os resultados obtidos apóiam a teoria de Einstein. Será que um velho robô perdido, novamente iluminado por lasers, pode trazer uma nova luz sobre o funcionamento do Universo?


Fotos: No topo, o jipe-robô soviético Lunokhod-1. As operações do Lunokhod cessaram oficialmente em 4 de Outubro de 1971, o aniversário do Sputnik 1 e durante o tempo em que permaneceu na Lua percorreu cerca de 10 quilômetros e transmitiu em torno de 20 mil imagens de TV e 200 fotos panorâmicas. O retrorefletor pode ser visto no lado esquerdo da imagem. Na sequência, Observatório McDonald dispara um feixe de raios laser em direção à Lua. Acima, cubos prismáticos responsáveis pela reflexão dos pulsos de laser de volta à Terra. Créditos: Nasa/Apolo11.com.