Com informações da ESA - 16/03/2012
Órbitas gêmeas
Uma equipe de astrônomos amadores espanhóis descobriu um asteroide incomum, batizado de "2012 DA14", no último dia 22 de Fevereiro.
Por ser muito pequeno e ter uma órbita incomum, ele só foi visto depois de ter passado pela Terra, a uma distância de cerca de sete vezes a distância da Lua.
No entanto, as previsões indicam que ele vai voltar no ano que vem.
E, nesta sua próxima passagem, prevista para 15 de Fevereiro de 2013, ele passará a apenas 24.000 km da Terra - mais perto do que a maioria dos satélites artificiais de comunicação.
"Um cálculo preliminar da sua órbita mostra que o 2012 DA14 tem uma órbita muito parecida com a da Terra, com um período de 366,24 dias, apenas mais um dia que o nosso ano terrestre, e ele 'salta' para dentro e para fora do caminho da Terra duas vezes por ano," explica Jaime Nomen, um dos descobridores do asteroide.
Distância segura, mas monitorada
Apesar da grande aproximação na próxima passagem, a agência espacial europeia (ESA) afirma ser uma distância segura, mas que requer um acompanhamento.
"Esta é uma distância segura, mas perto o suficiente para deixar o asteroide visível com binóculos comuns," afirmou Detlef Koschny, responsável por monitorar os chamados "objetos próximos da Terra".
"Nós vamos também estar atentos para ver a órbita resultante do asteroide depois da próxima passagem, a fim de calcular futuros riscos de impacto," completou Koschny.
Olhou, achou
O asteroide foi descoberto pelo observatório de rastreio La Sagra, no sudeste da Espanha, perto de Granada, a uma altitude de 1.700 m, um dos pontos com menos poluição luminosa no continente europeu.
O observatório descobre centenas de asteroides e cometas todos os anos.
A equipe usou vários telescópios automatizados para rastrear o céu, e a descoberta ocorreu meio por acaso, depois que os astrônomos amadores decidiram pesquisar áreas do céu onde os asteroides não são geralmente vistos - ou não suficientemente procurados.
Embora um impacto com a Terra tenha sido descartado na próxima passagem do asteroide pela Terra, os astrônomos afirmam que irão usar essa super aproximação para fazer mais estudos e calcular os efeitos gravitacionais da Terra e da Lua sobre ele.
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