Primeiro mistério lunar: um grande satélite, um pequeno planeta
Segundo mistério lunar: curvatura improvável
Terceiro mistério lunar: crateras
Quarto mistério: oceanos lunares
Sonda interestelar
Em uma disputa acadêmica que promete entrar para os anais da ciência, a NASA admitiu oficialmente que a sonda Voyager 1 deixou o Sistema Solar.
Lançada em 1977, agora a uma distância de quase 20 bilhões de quilômetros do Sol, a Voyager 1 é o primeiro objeto fabricado pelo homem a chegar ao chamado espaço interestelar, fora da zona de influência da nossa estrela.
Os dados indicam que a sonda espacial deixou a chamada heliosfera, a "bolha" de partículas carregadas e quentes que envolvem o Sistema Solar, entrando em uma região mais fria.
Os instrumentos da Voyager indicam que a densidade do plasma ao seu redor agora é consistente com as previsões teóricas sobre como deve ser o espaço interestelar.
Os dados coletados entre 9 de Abril e 22 de Maio deste ano indicam que a Voyager 1 está em uma região do espaço com uma densidade de elétrons de 0,08 por centímetro cúbico - os modelos descrevem o espaço interestelar com uma densidade entre 0,05 e 0,22 elétrons por centímetro cúbico.
Contudo, os dados mostraram leituras semelhantes desde Agosto de 2012 - a conclusão final da equipe é que a Voyager 1 deixou o Sistema solar exatamente no dia 25 de Agosto de 2012.
É aí que a controvérsia começa.
Controvérsia acadêmica
Em Maio deste ano, Frank Mcdonald (Universidade de Maryland) e William Webber (Universidade do Novo México) publicaram um artigo afirmando exatamente isso, que a Voyager 1 deixara o Sistema Solar no dia 25 de Agosto de 2012.
Surpreendentemente, a NASA veio a público e negou a alegação em nota oficial, na qual o cientista-chefe da missão, Edward Stone, afirmava que "é consenso da equipe científica Voyager que a Voyager 1 ainda não saiu do Sistema Solar e nem alcançou o espaço interestelar."
Não seria ainda o fim da polêmica.
Em Agosto de 2013, outra equipe da Universidade de Maryland publicou um artigo revisando os modelos sobre a heliosfera e defendendo que a Voyager 1 saíra do Sistema Solar em 27 de Julho de 2012.
Novamente a NASA veio à carga, publicando nota que afirmava que a "Voyager 1 continua dentro da nossa bolha solar".
Agora, alguns meses depois, com a publicação de um artigo por seus "cientistas oficiais", com base exatamente nos mesmos dados, a NASA reconhece que a Voyager 1 realmente deixou o Sistema Solar.
Quem levará o crédito definitivo pela revelação da nossa primeira nave interestelar, isto só a história dirá.
Naves interestelares terrestres
A irmã-gêmea da nossa primeira sonda interestelar, a Voyager 2, foi lançada um pouco antes, mas ainda não saiu do Sistema Solar - a Voyager 2 foi lançada em 20 de agosto de 1977 e a Voyager 1 subiu ao espaço em 5 de Setembro de 1977.
Agora a Voyager 2 está a cerca de 15 bilhões de quilômetros do Sol, mas na direção oposta.
Além disso, devido a uma conjunção muito rara de planetas, que permitiram que a Voyager 1 pegasse diversos impulsos gravitacionais, ela viaja mais rápido - cerca de 61.100 km/h, enquanto a Voyager 2 segue a 56.300 km/h.
Como ambas são alimentadas por plutônio, elas terão energia para viajar por pelo menos mais uma década, quando então deixarão de transmitir dados e passarão a vagar pelo espaço.
As duas sondas levam discos de ouro com descrições do ser humano e da localização do Sistema Solar e da Terra, além de gravações de sons humanos, incluindo saudações em 60 idiomas.
O fenômeno da ocultação será melhor observado nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde a imersão será total.
Em Florianópolis, Vênus tocará o disco lunar às 19h24 e às 19h36 ficará 80% ocultado pela Lua, só ressurgindo completamente às 19h52.
Em Porto Alegre o evento será ainda mais intenso. A borda do disco venusiano tocará o limbo da Lua às 19h11 e as 19h18 será totalmente ocultado. O planeta permanecerá
oculto por 34 minutos e as 19h52 ressurgirá lentamente já na área iluminada da Lua. A ocultação termina as 19h57 quando Vênus estará novamente visível.
Para as localidades situadas acima da latitude de Florianópolis o evento será menos intenso, mas ainda assim magnífico. Em São Paulo, Vênus não será ocultado, mas ficará visualmente muito próximo da Lua, o que sem dúvida renderá belas fotos. Na capital paulista, o momento da máxima aproximação será por volta das 19h39.
Bons céus!
Arte: No topo, momento da aproximação máxima entre a Lua e Vênus como vista de São Paulo. No vídeo, a ocultação completa do disco planetário como será vista de Porto Alegre. Créditos: Apolo11.com.
Desde que pousou na superfície do Planeta vermelho, o jipe-robô Opportunity não parou de explorar as feições geológicas e o clima de Marte. Até o dia 25 de janeiro de 2013 o rover já tinha percorrido aproximadamente 35 km em solo marciano e enviado à Terra quase 177 mil imagens, que ajudam milhares de pesquisadores a entenderem melhor os mistérios do planeta.
Logos nos primeiros dias de exploração, Opportunity fez importantes descobertas, entre elas a identificação dos meteoritos extramarcianos encontrados na região de Meridiani Planum e também das chamadas blueberries, hematitas esféricas encontradas próximas à borda da cratera Eagle.
Em abril de 2004, o jipe atingiu a cratera Endurance, que ficou conhecida devido às diversas camadas de rochas. O robô contornou toda a cratera e ali fez inúmeras observações importantes. Em 2006, passou mais de dois anos estudando de perto a cratera Victória e em 2011 chegou aos limites da cratera Endeavour para novos experimentos.
Valente, em 2007 o jipe sobreviveu às intensas tempestades de areia que também castigaram o rover Spirit. As tormentas tiveram início em junho de 2007 e a gigantesca quantidade de poeira em suspensão impediu que os painéis solares recarregassem as baterias. Para poupar energia a Nasa instruiu o robô a manter contato com o JPL apenas a cada três dias.
A tormenta começou a enfraquecer apenas em 7 de agosto, quando o nível das baterias havia atingido o nível mais baixo desde que o jipe havia pousado no planeta. Entretanto, com a diminuição da poeira, lentamente as baterias começaram a recarregar e o jipe voltou às operações.
Atualmente, Opportunity trabalha na área de Matijevic Hill, de onde gentilmente mandou para os leitores do Apolo11 o cartão postal visto no topo do artigo. Feliz Aniversário Opportunity!
Artes: No topo, região de Matijevic Hill, área de estudos atual do valente robô. Acima, mosaico mostra as condições do céu durante a tempestade de poeira de 2007 e que por dois meses impediu que o Opportunity recarregasse suas baterias. Créditos: Nasa/JPL, Apolo11.com.
Uma nova imagem do Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia, revelou que a velha estrela está localizada muito próxima de uma verdadeira barreira espacial, que segundo algumas teorias é o resultado do material ejetado durante a fase anterior da evolução da própria estrela.
No entanto, as novas cenas registradas pelo telescópio Herschel revelam que a muralha pode ser um objeto independente ligado ao campo magnético da galáxia ou então ser a borda de uma nuvem interestelar que está sendo iluminada por Betelgeuse.
Discussões teóricas à parte, os pesquisadores sustentam que se essa verdadeira muralha for de fato um objeto independente, estaria então em rota de colisão com as camadas externas já ejetadas pela estrela, contato que aconteceria em aproximadamente 5 mil anos.
No entender dos cientistas, o choque direto entre a estrela e a massa de partículas acontecerá 12.500 anos mais tarde.
Betelgeuse é uma estrela do tipo supergigante vermelha. Tem cerca de mil vezes o tamanho do nosso Sol e é 100 mil vezes mais brilhante. Para atingir esse estágio, a estrela já derramou no espaço grande parte do seu material, criando um enorme arco ao seu redor. É esse arco que deverá ser o primeiro a se chocar contra a muralha.
Os astrônomos preveem que Betelgeuse deverá passar por uma explosão do tipo supernova nos próximos 1000 anos, quando deverá brilhar pelo menos 10 mil vezes mais, com magnitude equivalente ao da Lua crescente. Outros astrônomos dizem que isso não deverá acontecer tão cedo.
Em ambos os casos, parece que a explosão cataclísmica de Betelgeuse acontecerá bem antes da colisão prevista. Sendo assim, se prepare. Quem viver verá!
Foto: Estrela Betelgeuse vista pelo instrumento PACS (Photodetecting Array Camera and Spectrometer) do telescópio espacial. Herschel. Os arcos à esquerda são parte do material ejetado pela estrela, moldado pela interação entre a onda de choque e o meio interestelar. O pálido material à esquerda é a poeira que deve colidir com a estrela, em evento previsto para os próximos 5 mil anos. Crédito: ESA, Apolo11.com.
A precisão dessa viagem é tão grande que todos os anos a Terra atinge a mesma posição dentro de sua órbita e as mesmas estrelas que estavam no céu há 366 dias (2012 foi ano bissexto) poderão ser vistas novamente, praticamente no mesmo lugar. Apenas a Lua e os planetas mudaram de posição.
Durante a passagem do ano é quase obrigatório olhar para o céu. Ali, milhares de fogos de artifício estarão saudando o ano que chega, com uma infinidade de sons e luzes multicoloridas. Em alguns lugares esse espetáculo dura vários minutos, ao mesmo tempo em que as pessoas, emocionadas, se abraçam e desejam votos sinceros de feliz Ano Novo.
Passados os minutos iniciais da comemoração, o brilho dos fogos de artifício vai diminuindo de quantidade e intensidade e nesse momento é normal que as pessoas permaneçam olhando para o céu e falem um pouco sobre as estrelas. Muitas até arriscam os nomes das constelações vistas no firmamento.
Se você é uma dessas pessoas, esse artigo foi feito pra você!
Ele vai ajudá-lo a reconhecer as diversas constelações e objetos presentes nas primeiras horas de 2013, um momento mágico que deve ser curtido com bastante esperança e sabedoria.
Olhando para cima
O primeiro lugar que as pessoas vão olhar é para o zênite, ou seja, a parte do céu que fica acima da nossa cabeça. É ali que se encontra uma das mais belas constelações do hemisfério sul e que pode ser vista nesta época do ano: a constelação de Órion.
Composta principalmente por quatro estrelas formando um quadrado, Órion também tem três estrelas ao centro, que são popularmente conhecidas como as Três Marias - Mintaka, Alnilam e Alnitak. As duas estrelas inferiores do quadrado são Bellatrix, à esquerda e Beteugeuse, à direita. No topo, à esquerda temos Rigel e à direita, Saiph.
Se nesta noite você tiver um binóculo ou telescópio, verá que a constelação reserva muitas surpresas. Olhe no quadrante superior, acima das Três Marias. Ali se encontra a nebulosa M42, um dos mais belos objetos do céu. É tão belo que você não vai querer parar de ver!
Baixe seus olhos em direção ao Norte e verá a constelação do Cocheiro e ao seu nordeste as estrelas da constelação de Gêmeos onde se destacam Castor e Polux. Na constelação de Touro, o gigante planeta gasoso Júpiter estará presente.
Mais Estrelas
Virando a cabeça para a direita, novas constelações surgirão sobre o quadrante leste, mas quem rouba a cena é a Lua a 10 graus de elevação e a estrela Sirius na constelação do Cão Maior, que estará quase sobre a nossa cabeça. Sirius é facilmente identificável e é a estrela mais brilhante que existe no céu. Sua magnitude é de -1.42 o que a torna uma espécie de farol celestial.
Vire-se 90 graus à direita. Você estará olhando para o Sul e o destaque é outra bela constelação que durante muito tempo orientou os grandes navegadores: o Cruzeiro do Sul, que parece sempre abraçado pela constelação do Centauro.
Agora que você já conhece um pouco mais o firmamento do primeiro dia do ano, chame os amigos e reúna a família. Após o momento da confraternização leve-os para fora de casa e mostre a eles o céu. É uma boa maneira de começar a curtir o novo ano que bate à nossa porta. Feliz 2013!
Artes: Cartas celestes mostram como estará o céu no momento da passagem do ano de 2012 para 2013. Crédito: Apolo11.com.