Segundo o astrofísico, a poeira do Cinturão de Kuiper seria uma grande aliada na descobertas dos planetas. Esse cinturão se estende por 7 bilhões de quilômetros desde a órbita de Netuno e pode abrigar mais de 100 mil pequenos corpos celestes, entre eles os planetas-anões Plutão e Eris.
Dentro do cinturão, os objetos se chocam entre si e produzem um rastro de partículas de poeira, porém rastrear como essa poeira viaja pelo espaço é o grande desafio. As partículas estão submetidas à gravidade e a pressão do vento solar entre outros fatores.
Utilizando o supercomputador, os cientistas acompanharam 75 mil partículas de poeira interagindo com planetas, a luz do Sol e o vento solar. Com os dados obtidos foram criadas as imagens finais representando visões em infravermelho do Sistema Solar visto por um observador de fora.
De acordo com Kuchner, um dos principais objetivos do estudo é permitir que esse tipo de simulação ajude os cientistas a encontrar novos planetas de tamanho similar à Netuno em volta de outras estrelas.
Segundo o pesquisador, o próximo passo será criar um quadro mais completo do disco de poeira do Sistema Solar, acrescentando ao modelo o Cinturão de Asteroides ao redor de Júpiter e também os milhares de objetos que orbitam o gigante gasoso, os chamados asteroides troianos.
Legenda: No topo, representação do Cinturão de Kuiper visto através de modelagem matemática. Na sequência, vídeo demonstra o trabalho dos pesquisadores da Nasa que conseguiram simular como seria a imagem do nosso Sistema Solar vista por um observador de fora. Crédito: Nasa / Wikipédia.
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