quinta-feira, 31 de março de 2011

Europeus fornecem a mais exata imagem da gravidade na Terra

Dados enviados por satélite à ESA (Agência Espacial Europeia), durante dois anos, possibilitaram o estudo preciso da gravidade do planeta Terra de uma forma inédita.

Os cientistas agora detêm um dos mais exatos modelo geoide (forma mais aproximada do nosso planeta, visto que ele não é totalmente redondo) do lugar onde vivemos.

 

ESA/HPF/DLR
Modelo da gravidade na Terra fornecerá dados oceanográficos e da estrutura interna do planeta
Modelo da gravidade na Terra fornecerá dados oceanográficos e da estrutura interna do planeta

A imagem foi divulgada nesta quarta-feira durante uma conferência em Munique (Alemanha) --para ver uma versão animada, acesse aqui.

No estudo apresentado pela ESA, com imagens fornecidas pelo satélite Goce (sigla em inglês de Explorador da Circulação Oceânica e do Campo Gravitacional), considerou-se a gravidade do geoide sem a ação de marés e de correntes oceânicas.

O modelo serve como referência para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo, o que pode abrir precedente para entender com maior profundidade as mudanças climáticas.

Além desses dados oceanográficos, também servirá para o estudo da estrutura interna do planeta --como os processos que levam à formação de terremotos de grande magnitude e que podem provocar danos devastadores, como aconteceu com o Japão no sismo de 11 de março.

Do espaço, é praticamente impossível para os satélites observarem a dinâmica dos tremores, visto que o movimento das placas tectônicas ocorre abaixo do nível dos oceanos.

Contudo, explica a ESA em seu site, os tremores costumam deixar um "rastro" na gravidade do planeta, o que pode ajudar a entender o mecanismo de um terremoto e, quem sabe, antecipar sua ocorrência.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Antropólogo exibe pedra maia para desmentir o fim do mundo em 2012

 
 
AFP/Renè Alberto Lopez

A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira em Tabasco, sudeste do México.

A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. "No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar", enfatizou José Luis Romero, subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História.

Na pedra está escrita a data de 23 de dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção hollywoodiana, "2012", foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse.

"No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico", afirmou Romero.

A data gravada em pedra se refere ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.

terça-feira, 29 de março de 2011

Deuses extraterrestres usaram armas nucleares em 2024 a.C., diz "Fim dos Tempos"

ARIADNE ARAÚJO
colaboração para a Livraria da Folha

 

Em textos antigos, incluindo a Bíblia hebraica, a prova de que armas nucleares foram usadas na Terra pela primeira vez, não em 1945, na Segunda Guerra Mundial, mas no ano 2024 a.C. Essa arma poderosa estaria lacrada e escondida em algum lugar secreto, na África, e teria sido lançada na península do Sinai, em meio a uma guerra travada no século 21 antes de Cristo, varrendo do planeta cidades como Sodoma e Gomorra. Para o pesquisador Zecharia Sitchin, isso não é ficção, é um fato hoje comprovado, entre outras, por imagens de satélites.

Mas o incrível não para por aí. Em "Fim dos Tempos: profecias egípcias e destinos humanos" (Madras), Sitchin tira de 30 anos de pesquisas mais revelações de cair o queixo. Na pré-história da humanidade, uma raça extraterrestre nativa do planeta Nibiru, que passa pelo Sistema Solar a cada 3.600 anos, andava em escaramuças sobre a Terra. Eram os annunakis e, segundo o autor, deram civilização e religião aos terráqueos. Eles vieram em missão ao nosso planeta, mas acabaram começando uma ferrenha briga pelo poder.

Segundo o autor, os annunakis,- "aqueles que do céu vieram à Terra", foram os primeiros deuses para os humanos. A presença deles aqui deu origem à antiga cultura suméria - primeira alta civilização conhecida do homem - e eles são citados nos textos suméricos como os criadores de Adão. No reino que estabeleceram aqui, o complicado sistema de casamento e sucessão não facilitou as coisas. Irmãos, meio-irmãos e descendentes brigavam pelo reinado e pelo poder. O uso das armas nucleares teria sido resultado desses conflitos.

No livro, Zecharia Sitchin nos revela o que dizem as tábuas cuneiformes sumérias e vai montando esse cenário onde coabitavam deuses extraterrestres, humanos e descendentes das duas raças. Mas, depois de uma longa temporada entre nós, os deuses finalmente partiram em suas naves celestiais. Segundo o autor, os textos antigos sugerem que eles foram-se decepcionados com a humanidade e prometendo voltar. Assim, "como uma família abandonada", a humanidade se apegou à esperança de um "retorno".

Para o autor, conhecer esse começo dos tempos pode nos dar informações sobre o nosso futuro. Pois, segundo Sitchin, a humanidade e seu planeta Terra estão sujeitos a um tempo cíclico já predeterminado: "As primeiras coisas serão as últimas coisas".

Segundo ele, as profecias de retorno precisam ser cumpridas, então os annunakis voltarão um dia para um "novo começo" ou, quem sabe, para o "derradeiro fim".

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/855484-deuses-extraterrestres-usaram-armas-nucleares-em-2024-ac-diz-fim-dos-tempos.shtml

quinta-feira, 24 de março de 2011

É um avião? É um trem? Não, é uma locomotiva V12 movida a hélice



É hora de conferir os projetos de veículos da Alemanha antes da guerra. Você já viu o avião foguete nazista construído para mandar Nova Iorque pelos ares. O trem de alumínio movido à hélice Schienenzeppelin é bem menos intimidador, mas tão magnífico quanto. E diferente do Amerika Bomber, ele realmente andou – a 225 km/h em 1931!

O que torna o Schienenzeppelin (Zeppelin sobre trilhos) ainda melhor é que seu conceito e execução foram anteriores ao nazismo. Assim como a física quântica, a arquitetura de Bauhaus e Marlene Dietrich, foi um produto da República de Weimar, e a contribuição dos nazistas se resumiu à sua desmontagem para usar seu alumínio nos caças Messerschmitts.

Projetado e construído em 1930 pela empresa férrea alemã Deutsche Reichsbahn, o Schienenzeppelin apresentava uma alternativa em design às locomotivas da época. Tinha uma construção esguia e leve com 20 toneladas, sobre apenas dois eixos, e era movido por um V12 BMW de 46 litros que mais tarde foi usado nos bombardeiros da Luftwaffe. Os 600 cavalos do motor eram direcionados a uma gigantesca hélice, inclinada a um ângulo de sete graus para produzir downforce. Era algo que ainda surpreenderia e agradaria mesmo nos dias de hoje, quando o alumínio não é usado em trens Bauhaus, mas em V8s de giro alto e computadores do futuro.



Originalmente projetado para atingir 193 km/h – comparável à mais rápida locomotiva a vapor da época – o Schienenzeppelin alcançou incríveis 225 km/h no verão de 1931, um recorde de velocidade que durou 23 anos e que nunca foi batido por uma locomotiva movida a gasolina. Infelizmente o trem nunca chegou a ser produzido em série. Problemas com a segurança da hélice e sua confiabilidade evitaram com que chegasse a ser utilizado. O protótipo da quebra de recorde foi desmontado em 1939, no começo da Segunda Guerra Mundial.

Mas nos faz pensar em uma rede férrea alternativa, uma na qual evoluções do Schienenzeppelin cortam o país zunindo, com seu rata-ta-ta de aviões de combate, balas prateadas aspirando recordes de velocidade.

A trágica história do cosmonauta russo que foi enviado ao espaço sabendo que iria morrer



O cosmonauta Vladimir Komarov sabia que iria morrer quando deixou a Terra e foi para o espaço na Soyuz 1. O amigo dele, Yuri Gagarin – o primeiro homem a chegar ao espaço – também sabia que Komarov faria isso. Mas Leonid Brezhnev, líder da União Soviética, quis comemorar o 50o. aniversário da Revolução Comunista com um espetáculo. Então Komarov embarcou na Soyuz 1, e assim como previsto, acabou morrendo. A foto acima mostra os restos mortais dele.

O livro Starman, por Jamie Doran e Piers Bizony, examina a história de Gagarin e Komarov, e como eles não poderiam impedir a URSS de seguir em frente com a missão. A NPR diz:

Gagarin e alguns técnicos seniores inspecionaram a Soyuz 1 e encontraram 203 problemas estruturais – problemas sérios que tornariam este equipamento perigoso para se navegar no espaço. A missão, sugeriu Gagarin, deveria ser adiada. 


Vladimir Komarov

Gagarin redigiu um memorando de 10 páginas e o deu a seu melhor amigo na KGB, Venyamin Russayev, mas ninguém ousou enviá-lo para membros mais poderosos no comando. Todo mundo que viu o memorando, inclusive Russayev, ou foi rebaixado de cargo, ou demitido, ou enviado para a Sibéria.

Komarov não poderia recusar a missão porque o cosmonauta que iria em seu lugar, caso ele não fosse, seria seu amigo Gagarin. Então ele aceitou, e quando tudo falhou como previsto – antenas não se abriram, a energia deu problemas, a navegação era difícil – o serviço de inteligência americano capturou as lamentações furiosas de Komarov "insultando as pessoas que o colocaram dentro de uma nave espacial estragada".

Auroras de Saturno são visíveis simultaneamente em foto

Uma imagem raramente vista de Saturno, tirada em 2009 pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa (agência espacial americana), exibe ao mesmo tempo as auroras que existem nos dois polos desse que é o sexto planeta do Sistema Solar.

A foto, divulgada na terça-feira, só pôde ser feita pelo Hubble por ter ocorrido um equinócio tanto no norte quanto no sul, mais a iluminação provida pelos raios solares.

Criadas pela interação entre ventos solares e o campo magnético de Saturno, as auroras podem ser identificadas pelo brilho que emitem.

À primeira vista, elas parecem ser simétricas, mas não é isso o que ocorre, explicam astrônomos que descobriram algumas diferenças sutis.

De acordo com os pesquisadores, o campo magnético não é distribuído igualmente em todo o planeta. No norte, por exemplo, ele é um pouco menor e mais intenso do que no sul.

Nasa
Campo magnético de Saturno não é distribuído igualmente; no norte, ele é menor e mais intenso que no sul
Campo magnético de Saturno não é distribuído igualmente; no norte, ele é um menor e mais intenso que no sul

terça-feira, 15 de março de 2011

Núcleo da Terra: A usina de força que produz terremotos

Sempre que acontecem grandes terremotos, muitas pessoas acreditam que eles sejam provocados por fatores externos, como fase e posição da Lua ou tempestades solares. No entanto, a fonte propulsora dos terremotos está bem abaixo dos nossos pés e foi criada há bilhões de anos.

Vista aérea da cidade de Dendai, após tsunami de 11 de março de 2011
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Quando os terremotos do Haiti e do Chile aconteceram em 2010, diversas pessoas escreveram para nós acreditando que era possível prever os abalos simplesmente relacionando-os às fases da Lua. Agora, passado mais de um ano dessas duas tragédias, alguns especularam que os tremores estariam associados à forte atividade solar, observada quase que simultaneamente.

Infelizmente, isso não é verdade. Se assim o fosse, a previsão dos devastadores terremotos e tsunamis estaria tremendamente facilitada, pois bastaria observar as fases da Lua e a atividade solar para ter elementos suficientes para se prever terremotos. Sonhar é bom!



Fases da Lua
No caso das fases da Lua, o mito surge da ideia de que a força gravitacional provocada pelo nosso satélite, tanto de atração como de repulsão, seriam capazes de influenciar o movimento das placas tectônicas, onde ficam assentados os continentes, as cidades e os oceanos. Isso acontece por que muitas pessoas, ao saberem de um forte terremoto olham a fase da Lua, que coincidentemente pode estar cheia ou não. Se em dois ou três terremotos a Lua estiver cheia, relacionarão erroneamente que a Lua cheia provoca terremotos.

No entanto, esses observadores esquecem que todo ano existem cerca de 12 Luas Cheias. Se considerarmos que todo ano também acontecem aproximadamente 150 terremotos com magnitude acima de 6.0 graus, fica fácil verificar que os tremores acontecem em qualquer fase da Lua, seja ela cheia, nova, minguante ou crescente.

É certo que a atração gravitacional exercida pela Lua tem alguma influência nas camadas mais profundas da crosta e do manto e em alguns casos pode até provocar microssismos, mas não há evidências de que podem disparar terremotos.

Por outro lado, como as fases da Lua influenciam diretamente nas marés oceânicas, alguns estudos mostram que em algumas áreas costeiras podem ocorrer microssismos, neste caso disparados pela força da maré e não pela atração gravitacional da Lua.


Tempestades Solares
Outra teoria imediatamente lançada pelos leigos quando acontecem terremotos é a da influência das tempestades solares, principalmente quando essas acontecem antes de grandes eventos. Neste caso, o raciocínio é mais complexo, mas também incorreto.

A ideia é de que as partículas lançadas pelo Sol interagiriam com a magnetosfera terrestre e também com o magnetismo gerado no núcleo da Terra. Isso, de alguma forma alteraria o magnetismo terrestre a ponto de afetar a movimentação das placas tectônicas.

É importante destacar que não existe qualquer estudo científico que afirme isso e os poucos trabalhos que existem na tentativa de relacionar a influência solar aos terremotos são bastante frágeis e inconclusivos. Até o presente momento, a única influência das tempestades solares sobre nosso planeta está restrita às camadas mais altas da atmosfera, especialmente a ionosfera.

Da mesma forma que as fases da Lua, os terremotos acontecem e sempre vão acontecer, esteja o Sol apresentado instabilidades ou não.

Por outro lado, a teoria das tempestades solares é a que mais se aproxima do modelo adotado cientificamente para explicar os terremotos. Não devido aos humores do Sol, mas por citar a fonte geradora do campo magnético terrestre, o núcleo planetário. É ali que todo o processo tem início e foi criado desde os primeiros momentos da formação do nosso planeta, há 4.5 bilhões de anos.



O núcleo da Terra
O núcleo terrestre é formado por duas regiões. A mais interna é sólida e muito quente, formada por um grande cristal de ferro altamente denso, chamado núcleo interno. Esse núcleo, por sua vez, é envolvido por uma camada líquida, de consistência pastosa e quase sólida, formado entre outros elementos, por ferro, níquel e silício.

O calor no interior do núcleo sólido atinge cerca de 6 mil graus e ainda é remanescente desde a época da formação do nosso planeta. Ao que tudo indica, esse calor é mantido até os dias de hoje graças ao constantemente decaimento dos isótopos radioativos.


Campo Magnético
Os modelos atuais também mostram que é o movimento de convecção do material do núcleo externo ao redor do núcleo interno a causa da formação do campo magnético terrestre. Esse campo se propaga por mais de 60 mil quilômetros no espaço, criando uma região chamada de magnetosfera, capaz de desviar as partículas carregadas que foram ejetadas pelo Sol.




Correntes Convectivas
Além do campo magnético, o núcleo terrestre é o responsável diretamente pelos tremores de terra sentidos aqui na superfície. A alta temperatura criada nas profundezas da Terra produz correntes de convecção em toda a parte líquida no interior do planeta. Isso faz com que o magma, localizado no topo da astenosfera, se movimente. Como as placas tectônicas estão à deriva sobre o magma incandescente, essas também se movimentam, levando consigo os continentes e provocando a colisão, afastamento e deslizamentos entre as placas.



Artes: no topo, vista aérea da cidade de Sendai, na costa nordeste do Japão, horas depois que um tsunami atingiu a localidade, em 11 de março de 2011. Na sequência, Lua Cheia e Tempestade Solar. Dois objetos sempre lembrados para explicar os terremotos. Acima, corte transversal da Terra e esquema das correntes convectivas, que movimentam as placas tectônicas. Créditos: Agência Kyodo/Apolo11.com.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Novos cálculos trazem galáxia para mais perto de nós

A equipe garante que a NGC 247 se encontra mais próxima da Via Láctea em mais de um milhão de anos-luz do que se calculava anteriormente.[Imagem: ESO]

Vizinha mais próxima

Astrônomos afirmam que esta orientação muito inclinada da galáxia NGC 247, quando vista a partir da Terra, explica porque sua distância de nós havia sido calculada incorretamente.

A galáxia espiral NGC 247 é uma das galáxias espirais do céu austral mais próximas de nós.

Nesta nova imagem, obtida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO, no Chile, podem observar-se nos braços em espiral um grande número de estrelas individuais que compõem a galáxia, assim como muitas nuvens de hidrogênio cor-de-rosa brilhantes, que marcam regiões de formação estelar ativa.

Cálculo de distâncias astronômicas

A NGC 247 faz parte do Grupo do Escultor, um conjunto de galáxias associadas à galáxia do Escultor. Este é o grupo de galáxias mais próximo do nosso Grupo Local, o qual inclui a Via Láctea. No entanto, é difícil ter um valor preciso para tais distâncias celestes.

Para medir a distância da Terra à galáxia mais próxima, os astrônomos têm que se basear em um tipo de estrelas variáveis chamadas Cefeidas, que funcionam como um marcador de distância.

As Cefeidas são estrelas muito luminosas, cujo brilho varia a intervalos regulares. O tempo que a estrela demora para ficar mais luminosa e para diminuir o seu brilho pode ser utilizado numa relação matemática simples para calcular o seu brilho intrínseco.

Quando comparamos esse valor com o brilho medido podemos saber a distância que a estrela se encontra.

No entanto, este método é falível, uma vez que os astrônomos acreditam que esta relação período-luminosidade depende da composição da Cefeida.

Existe ainda outro problema: Uma da radiação da Cefeida pode ser absorvida pela poeira no seu trajeto até a Terra, fazendo com que ela pareça menos brilhante do que é na realidade e, consequentemente, mais afastada.

Este é um problema particular no caso da NGC 247 porque, como a sua orientação é bastante inclinada, a linha de visão das Cefeidas passa através do disco de poeira da galáxia.

Um milhão de anos-luz mais próxima

Uma equipe de astrônomos está agora estudando os fatores que influenciam estes marcadores de distâncias celestes, em um estudo chamado Projeto Araucária. O Projeto Araucária é uma colaboração entre astrônomos de instituições do Chile, Estados Unidos e Europa.

A equipe garante que a NGC 247 se encontra mais próxima da Via Láctea em mais de um milhão de anos-luz do que se calculava anteriormente, o que lhe dá uma distância de um pouco mais de 11 milhões de anos-luz.

Além da própria galáxia, esta imagem revela inúmeras galáxias brilhando ao fundo. Em cima, à direita, podemos observar três galáxias espirais proeminentes formando uma linha e, mais longe ainda, por trás delas, vemos imensas galáxias, algumas brilhando mesmo através do disco da NGC 247.

Esta imagem a cores foi criada a partir de um grande número de exposições monocromáticas obtidas através dos filtros azul, amarelo/verde e vermelho ao longo de vários anos. Foram incluídas, e coloridas de vermelho, exposições obtidas através de um filtro que isola a emissão do gás de hidrogênio.